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capítulo 1

Um dia tudo mudou.

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Cris, uma amiga de infância de Akira, faleceu 30 dias após o primeiro sintoma da doença.

 

Diante do caixão de sua amiga que há pouco exalava vida, Akira se viu sobrecarregado por seus pensamentos. A pergunta que mais lhe angustiava era se caso sua amiga soubesse que tinha tão pouco tempo, ela teria feito algo diferente: se teria voltado para a sua cidade natal, se teria aproveitado mais o seu tempo e teria ficado junto das pessoas que ela amava.

 

Esses pensamentos ganharam força e o deixaram tomado pela dor, como em um barco a deriva em meio a uma grande tempestade. Quando a mente inquieta e o coração aperta, Akira escreve. É um jeito de lidar com as muitas coisas que acontecem e deixar transbordar para fora de si o que há de bom e de ruim, tudo o que incomoda e faz doer.

 

Foi isso que ele fez durante o primeiro mês após perder sua amiga como forma de enfrentar o luto e as dúvidas acerca de sua própria existência.

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Mas como um sopro que logo se esvai, seus questionamentos foram rapidamente sufocados pela rotina, os muitos afazeres e as distrações.

Produção por Karla Gabriella Ribeiro da Luz sob orientação de Luciano Mendes| Todos os direitos reservados ©

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